loader
Carles Agusti i Hernàndez - Consultor de Governação Internacional

Carles Agusti i Hernàndez

Consultor de Governação Internacional

Carles Agustí i Hernàndez é Consultor de Governação Internacional e gestor ODS pelo IFGICT. É especialista em Relações Internacionais, Governo Aberto, Transparência, Big Data, ODS, Inovação, Cidades Inteligentes e Novos Modelos de Governação.

Além disso, dá palestras a nível internacional sobre estes tópicos, tendo sido considerado um dos 50 melhores especialistas em Smart Cities em todo o mundo. Carles Agustí i Hernàndez é, ainda, membro do Conselho Consultivo do Open Data Institute Barcelona, ​​do Conselho Consultivo da organização internacional Leading Cities e membro da Open Government Commission da UCLG (United Cities and Local Governments). É conselheiro, mentor e colaborador em várias empresas e instituições como Esade Creapolis, Center Blockchain Catalunya, Câmara de Comércio de Barcelona, ​​Fundación Innova Talentum, Fórum de RH do Sector Público, entre outros.

Formado em Política e Sociologia e professor convidado em várias universidades, Carles Agusti i Hernàndez é um dos convidados especiais na Connecting Stories da PARTTEAM & OEMKIOSKS.

1. O Carles tem um percurso profissional muito vasto e diversificado. Pode falar-nos um pouco sobre a sua jornada e sobre a sua experiência profissional?

É verdade que os meus conhecimentos cobrem uma vasta gama de tópicos, mas todos eles podem ser agrupados na área da governação.

Entendo a governação como um conceito que se refere ao modelo em que um governo, associação ou empresa é gerido internamente e em relação aos seus trabalhadores e cidadãos. Neste âmbito, e de uma forma evolutiva, encontramos todos os campos em que trabalho, tais como Governo Aberto, Smart Cities, ODS ou gestão do conhecimento, que no final é uma evolução da participação dos cidadãos.

Num dia normal, passo de um tópico para outro, muitas vezes inter-relacionado. Neste momento, há uma forte ascensão profissional, por necessidade, no campo da sustentabilidade e dos ODS.

Carles Agusti i Hernàndez - Consultor de Governação Internacional - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

2. Como é que se gerem tantas responsabilidades e funções? Existe algum segredo?

Mantenho uma colaboração principal com o Governo Provincial de Barcelona, mas ao mesmo tempo colaboro e realizo vários projectos em todos estes campos.

O segredo é que o mundo está a ir por este caminho. Os nossos pais tiveram um emprego para toda a vida, mas a nossa geração e a dos nossos filhos passa por diferentes empregos ao longo da vida. E eu poderia dizer também faço isso. Também eles terão vários empregos ao mesmo tempo. O futuro está aqui, mais virado para projectos e conhecimentos do que para trabalhos específicos.

As Smart Cities são estratégias e ferramentas tecnológicas implementadas para melhorar a vida quotidiana dos cidadãos.

3. De que forma é que a Open Data Institute Barcelona e a Leading Cities contribuem para o desenvolvimento das Smart Cities?

O Open Data Barcelona Institute dedica-se à difusão da cultura e à implementação de projectos em Open Data. É tecnologia e é governação e, por esta razão, os dados são uma parte inseparável das Smart Cities.

Leading Cities é um projecto internacional com sede em Boston e ligado ao MIT Boston que procura trocar experiências entre cidades líderes para conduzir e implementar projectos em todos os aspectos das Smart Cities, especialmente no que diz respeito a questões económicas, tecnológicas e de governação.

Carles Agusti i Hernàndez - Consultor de Governação Internacional - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

4. A definição de Smart Cities tem evoluído ao longo do tempo. Na sua opinião, o que é uma Smart City?

Tem sido um termo evolucionário. Quando me veio à mente pela primeira vez, ninguém sabia ao certo o que as Smart Cities seriam para além de estarem ligadas à estratégia da cidade.

Com o passar do tempo, as Smart Cities foram identificadas como algo específico relacionado com a tecnologia e com as cidades. E, finalmente, penso que conseguimos desembarcar num conceito, incorporando nele os cidadãos. Para mim, as Smart Cities são estratégias e ferramentas tecnológicas implementadas para melhorar a vida quotidiana dos cidadãos.

Chegámos a uma definição que todos podem compreender, que incorpora todos os actores, e os cidadãos podem senti-la porque, no final de contas, são ferramentas que vemos, tocamos, utilizamos e com as quais melhoramos o nosso quotidiano.

Carles Agusti i Hernàndez - Consultor de Governação Internacional - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

5. Que desafios enfrentam as Smart Cities?

O primeiro e mais importante desafio que estamos a começar a superar é o de incorporar os cidadãos, como já referi.

Outros desafios para as Smart Cities passam pela concepção da cidade do futuro, que será muito inteligente e que deverá deve ser pensada na perspectiva das Smart Cities.

Outro seria combinar as Cidades Inteligentes e os ODS para lutar contra as alterações climáticas, um factor chave à escala global e também na concepção das nossas cidades.

Poderíamos ainda falar num desafio de coerência interna. As Smart Cities, ao fim e ao cabo, referem-se a um ecossistema de diferentes temas que deve ter como base a coerência e não a dispersão.

As cidades do futuro serão mais verdes, mais tecnológicas, amigas dos peões, mais silenciosas e com menos ruído.

6. Que importância tem o digital nas Smart Cities?

Tem toda a importância. As Smart Cities são tecnologia e tecnologia é digitalização. A sociedade como um todo está a experimentar, acelerada pela revolução tecnológica e pela pandemia, um processo de digitalização que tornará, ou está a tornar, muito mais simples a aplicação e a implementação de estratégias Smart City.

Carles Agusti i Hernàndez - Consultor de Governação Internacional - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

7. Como vê o desenvolvimento de uma Smart City na Europa? Quais são os principais desafios?

O mundo ocidental e grande parte da Ásia (especialmente o Golfo e a Ásia Oriental) estão a liderar a implementação de Smart Cities, assim como a Europa. Existem algumas experiências muito interessantes e cidades avançadas. No entanto, em alguns casos específicos, a liderança está a avançar cada vez mais para Leste.

O principal desafio seria, para além do que já mencionei anteriormente como global para as Smart Cities, uma verdadeira estratégia conjunta europeia ou da União Europeia referente às Smart Cities, que conduziria a experiências europeias de Smart Cities a nível global.

8. Como serão as cidades do futuro?

Foi uma enorme alegria poder ter usufruído dessa experiência. Acredito que são oportunidades que nos abrem portas e nos motivam de forma importante para o que verdadeiramente queremos ser no futuro. Dá-nos força, essencialmente, mesmo quando são projectos inviáveis de implementar pelo custo/oportunidade. Também aprendi que, por vezes, é necessário ter a coragem de não investir em projectos demasiadamente avançados no seu tempo, para os quais o mercado não está preparado.

9. Tendo em conta a sua formação, de que forma é que a política faz parte da sua vida e como é que esta se relaciona com as suas actuais funções e com o desenvolvimento de Smart Cities?

Uma é uma continuação da outra. Talvez ao longo da minha vida, eu tenha evoluído de uma dedicação profissional mais puramente política para uma mais especializada, neste caso na governação. E, no seio da governação, as Smart Cities.

Entrei em contacto com Smart Cities implementando projectos de Governo Aberto, onde a tecnologia era básica e o parceiro tecnológico em cada instituição era fundamental, ao ponto de ser amigo de todos eles e entrar, lentamente, no mundo da tecnologia e das Smart Cities. É, portanto, o resultado da evolução.

As Smart Cities são tecnologia e tecnologia é digitalização.

Connecting Stories é um espaço editorial conduzido pela PARTTEAM & OEMKIOSKS que consiste na realização de entrevistas exclusivas, direccionadas a personalidades influentes, que actuam em diferentes sectores de actividade.

O projecto, idealizado pela PARTTEAM & OEMKIOSKS, contempla a publicação de histórias de sucesso, por meio de pequenas entrevistas a influenciadores que queiram compartilhar detalhes sobre os seus projectos, opiniões, planos para o futuro, entre outros assuntos.

A ideia é conectar histórias, partilhar conhecimento, desenvolver networking e gerar conteúdos que possam fornecer novas visões, oportunidades e ideias.

Sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS

Fundada em 2000, a PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa portuguesa de TI mundialmente reconhecida, fabricante de quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais, para todos os tipos de sectores e indústrias. Para saber mais acerca da nossa história, clique aqui.

Últimas Entrevistas

Para Trás