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André Jacques - C-Level Executive, Entrepreneur & Consulting Partner

André Jacques

C-Level Executive, Entrepreneur & Consulting Partner

André Jacques é formado em Gestão de Empresas com uma pós graduação em Marketing e Mestrado em Gestão pelo IE, Espanha e pela Universidade de Brown, EUA, uma das oito IVY League.

Anteriormente, André Jacques iniciou em 2001 a sua carreira na Super Bock Group e actualmente é Chief Marketing Officer da Wise Pirates, uma das 10 principais empresas digitais da Europa e da península ibérica. É também Senior Consulting Partner da Garrison Marketing Group, consultora Americana de Brand Strategy, sócio da Foxtrail em Portugal e fundador da WIT Academy, a mais recente escola de negócios digital.

Com um vasto percurso, a sua experiência e a vontade de aprender fizeram com que este crescesse quer a nível pessoal, como profissional.

1. Como surgiu o interesse pela área de negócios/marketing?

A minha área de formação é Gestão de Empresas, à qual adicionei uma pós-graduação em Marketing, que completei no ano imediatamente a seguir à licenciatura. A opção pela gestão e pelo Marketing deve-se ao exemplo do meu Pai que era um executivo, embora na área das Engenharias, mais concretamente em Produção. Este teve um período da sua carreira em que esteve no Marketing tendo feito formação na Dinamarca e na Suécia durante os anos 80. Desde a minha infância que fui acompanhando com admiração a carreira do meu Pai e daí ter-lhe seguido as pisadas, embora numa área diferente.

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2. Com a sua vasta experiência, pode falar-nos um pouco sobre o seu percurso?

Comecei a trabalhar ainda enquanto estudante. Tal como muitos outros, também servi às mesas em esplanadas de Verão, ou fiz pequenos trabalhos para empresas de estudos de mercado para poder ganhar algum dinheiro extra para férias e afins. Durante a licenciatura trabalhei na área imobiliária e, durante um período curto, no Espírito Santo Financial Consulting. Foi uma fase em que fiz algum dinheiro e comecei a viajar, que é uma das minhas maiores paixões.

Eu sabia que esta fase era apenas de iniciação ou crescimento, pois considero que a minha carreira iniciou, verdadeiramente, depois disso.

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3. Iniciou em 2001 a sua carreira na Super Bock Group e mais recentemente na MTEX NS. Como surgiram estas oportunidades?

Na antiga Unicer, hoje Super Bock Group, foi onde, de facto, se iniciou a minha carreira. Soube de uma oportunidade de estágio, ao abrigo de um programa “Viveiro de Talentos” que visava recrutar os líderes de futuro. Constou que se candidataram umas centenas de pessoas e foram escolhidas quatro. Tive a sorte de ser uma dessas pessoas, em grande medida, julgo eu, devido à maturidade que já demonstrava.

Iniciei o programa de estágio no marketing, porque o Dr. João Sampaio, o CMO naquela altura, soube que estava a fazer a tal pós-graduação em Marketing, daí ter-me “puxado” para a sua estrutura.

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Depois foram sete anos em várias funções no Marketing Operacional, na altura um misto de Eventos e Patrocínios com Trade Marketing, e outras funções de gestão de marca nas principais categorias de produtos da empresa.

Em 2008 fui convidado a assumir a direção de marketing de águas e refrigerantes, altura em que liderei o reposicionamento da Água das Pedras que levou à imagem, branding e packaging atuais.

Também contribuí para o lançamento da marca Vidago — água e hotel. Por ser uma empresa do grupo Carlsberg, abriu-se a oportunidade de assumir funções de administração numa empresa do grupo na Europa e, assim, emigrei em 2011 para Belgrado, onde desempenhei funções de CMO numa empresa de dimensão relevante que atuava em vários países do sudeste europeu.

Estes foram os 3 melhores anos da minha vida, até agora, pleno de resultados e de uma vida preenchida!

Por motivos familiares, regressei ao Super Bock Group em 2014, ano em que nasceu o meu quarto e último filho, a convite do então CMO, Rui Freire e do CEO da altura, João Abecasis.

Estive dois anos a liderar uma área do marketing responsável por vários pelouros, desde a Inovação, os Estudos de Mercado, uma área de CRM, Fidelização e o Digital.

Em 2016, houve uma grande mudança. Após 15 anos no SBG, aceitei o convite para a Administração da Porto Business School, a escola de negócios da Universidade do Porto, após um processo de Executive Search da Egon Zehnder. Foram quase dois anos incríveis, de onde resultou a nova identidade da escola, o novo website e modelo de negócio mais digital, o mote “make change happen” que encapsula uma nova cultura, mas também com muitas outras mudanças, não só no hardware (espaços físicos), mas também software (atitudes, motivações e comportamentos).

Após este período desafiante, aceitei um convite para Global CMO de uma empresa chinesa que fabrica máquinas de impressão 3D, a Raise 3D.

O CEO, também Português, convenceu-me assim a mudar para Shanghai, pese embora o facto da experiência ter sido incrível a vários níveis, houve um aspeto que não encaixou - a família, daí a sua curta duração, de quase 6 meses no total.

Quando regressei a Portugal, não tinha um projeto em concreto, mas passado uma semana fui mais uma vez contactado por uma empresa de HR, a Thomas Portugal, que me apresentou a MTEX NS. Após um período curto de cerca de um mês assumi a área comercial na íntegra: vendas e marketing.

Foram dois anos de grande crescimento, numa indústria totalmente nova para mim e numa empresa de enorme potencial. Contudo, a materialização desse potencial ficou, quanto a mim, muito aquém devido a problemas de gestão, o que me levou a fazer um gap year e, reforçar a minha aposta na aprendizagem ao longo da vida com a inscrição num dos melhores MBA Executivos da atualidade, o IE Brown MBA, uma iniciativa conjunta do IE, Espanha e da Universidade Brown, EUA.

Iniciei no dia 1 de Março de 2020 e logo a seguir veio a pandemia. Durante esse período fui obrigado por circunstâncias adversas a focar-me na família, mas foi também quando se materializaram muitas das oportunidades atuais.

4. De momento está a trabalhar na Wise Pirates como Chief Marketing Officer. Sendo a Wise Pirates considerada uma das 10 principais empresas digitais da Europa e da península ibérica, quais os projectos que está actualmente a desenvolver e quais os principais desafios do seu dia-a-dia?

A Wise Pirates é um projeto incrível dos seus fundadores, o Pedro Barbosa e a Daniela Cunha. Há cinco anos eram uns poucos corajosos numa garagem e hoje somos mais de 100 pessoas com o reconhecimento da Martech Outlook nos ter identificado como uma das TOP10 Digital Marketing Agencies in Europe.

Estamos a desenvolver vários projetos de clientes, mas a nível interno, o que me dá mais gozo é o spinoff da WIT Academy, que está em soft launch durante o seu primeiro ano de vida, mas que vai ocupar um espaço relevante na formação digital certificada, contribuindo de forma determinante para a evolução do ecossistema digital.

Outras duas áreas de desenvolvimento que nos desafiam são o da maturidade digital e dos NFTs. Na primeira, acreditamos que temos as competências certas para ajudar empresas e marcas na sua jornada de maturidade. Na segunda, um novo mundo se abre e estamos em boas condições de fazer a ponte às empresas que desejem viajar para o metaverso.

5. Num mercado tão competitivo como o do Marketing Digital, como é que a Wise Pirates se distingue dos principais concorrentes?

Distinguimo-nos por sermos uma grande equipa com competências centrais em performance marketing, pois temos excelentes profissionais nesta área. Mas também por uma cultura de permanente curiosidade, aprendizagem e procura de novas soluções. Há um aspeto particular do nosso modelo de negócio que é a partilha de resultados com o cliente. O pressuposto tem raiz na cultura “pirata” em que os espólios são partilhados. Ou seja, quem trabalha connosco, tem acesso a um serviço especializado, de alto nível, a custos de entrada relativamente reduzidos. Mas, com a predisposição para a partilha de resultados. Isto é, numa base transparente, assente em resultados e win-win.

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6. Recentemente estudou na IE Business School, quais os motivos que o levaram a ingressar nesse curso?

Recentemente estudei no IE de Espanha, mas também na Universidade de Brown nos EUA, num mesmo programa. A minha experiência na área da formação executiva contribuiu para que pudesse identificar melhor aquilo que vale mesmo a pena. Neste caso, o IE caracteriza-se por ser uma nova escola, com mentalidade desafiante, que arrisca, mas que se está a afirmar como uma das melhores do mundo — que já o é.

Não se consegue crescer do nada, literalmente, para uma das maiores do mundo, em 20 anos, sem uma grande visão, ousadia e mentalidade empreendedora. Pude constatar que são assim mesmo e no programa em concreto, estive com colegas de curso tão ou mais seniores que eu, numa experiência de aprendizagem que nos desafiou a pensar negócio, mas também história, antropologia e sustentabilidade.

É na interseção do empreendedorismo e negócios, com o humanismo e a natureza, num mundo mais inclusivo, que nos vamos desenvolver cada vez mais no futuro. É um programa único no mundo, que nos fez crescer a todos, independentemente do nosso background. Voltava a fazer tudo de novo, vezes sem conta.

7. De toda a sua carreira, o que o fez crescer mais quer a nível pessoal, quer a nível profissional?

Houve três coisas que me fizeram crescer de forma mais acelerada:

  • A experiência da liderança, que nos faz ser mais humildes e responsáveis;
  • A experiência da multiculturalidade em ambiente de adversidade, que nos faz entender as diferentes realidades que coabitam ao nosso lado, por vezes entre colegas que têm tudo para se odiar, mas que se respeitam e cooperam, tal como vivi no Balcãs;
  • A experiência da aprendizagem ao longo da vida, o dar a nós próprios a oportunidade de aprender, enquanto alunos e enquanto professores — esta é a experiência mais gratificante e mais preenchida de propósito de todas.

8. Que planos tem em mente para o seu futuro?

Ter sucesso em empreender. A Wise Pirates é um projeto que hoje também sinto como meu e que quero muito que tenha sucesso porque acredito sermos um player relevante para o desenvolvimento económico do ecossistema empresarial e de talento em que vivemos.

A WIT Academy porque é um alicerce essencial para o desenvolvimento de competências de indivíduos e organizações, quer no início das nossas carreiras, quer, e sobretudo, numa fase em que nos devemos reinventar, sem medos, para abraçar uma nova carreira e/ou desafio de negócio.

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Por fim, noutro projeto, a FOXTRAIL, algo que muito acarinho, pois é um projeto de entretenimento, que vou lançar antes do verão, destinado a visitantes locais e estrangeiros, que de uma forma super divertida, desafiante e surpreendente, dá a conhecer as cidades e o campo com uma mensagem potentíssima: a defesa do património material e imaterial é uma responsabilidade de todos.

9. Uma vez que a PARTTEAM & OEMKIOSKS é líder no desenvolvimento de quiosques multimédia e mupis digitais para o mercado internacional, qual é a sua opinião sobre os nossos produtos e a nossa estratégia de marketing?

A PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa que sigo há algum tempo. Já fui fornecedor e espero um dia ser cliente. Trata-se de uma empresa muito empreendedora, que também está a fazer um caminho impressionante de crescimento e internacionalização.

O melhor conselho que posso dar são dois: que cada pessoa na organização a sinta um pouco como dela e que lute tanto quanto o seu líder, que é carismático, mas que precisa de outros com a mesma energia e extroversão para dar a cara pela empresa. Há vários mecanismos passíveis de motivar que tal aconteça ainda mais, seja pela via do estímulo comunicacional e de gestão de pessoas, seja pela via compensatória, ainda que não diretamente relacionados com a retribuição direta.

Não conheço o que existe e se existe na empresa, mas falo pelo que vou vendo noutros exemplos de empreendedorismo atuais.

Por outro lado, outro conselho é da aposta sempre crescente em formação e no desenvolvimento do talento, o maior capital da organização, sobretudo ao nível da inovação e do desenvolvimento de produtos, mas também no desenvolvimento de negócio, marketing e canais.

Connecting Stories é um espaço editorial conduzido pela PARTTEAM & OEMKIOSKS que consiste na realização de entrevistas exclusivas, direccionadas a personalidades influentes, que actuam em diferentes sectores de actividade.

O projecto, idealizado pela PARTTEAM & OEMKIOSKS, contempla a publicação de histórias de sucesso, por meio de pequenas entrevistas a influenciadores que queiram compartilhar detalhes sobre os seus projectos, opiniões, planos para o futuro, entre outros assuntos.

A ideia é conectar histórias, partilhar conhecimento, desenvolver networking e gerar conteúdos que possam fornecer novas visões, oportunidades e ideias.

Sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS

Fundada em 2000, a PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa portuguesa de TI mundialmente reconhecida, fabricante de quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais, para todos os tipos de sectores e indústrias. Para saber mais acerca da nossa história, clique aqui.

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